[ENTREVISTANDO O AUTOR ESPECIAL] - ANDREA KILLMORE

Hey hey pessoal!

Em comemoração ao dia 8 de março (meio atrasadinho, né?), a DarkSide disponibilizou uma entrevista com a ANDREA KILLMORE, escritora do livro BOM DIA, VERÔNICA, e nós trouxemos um pouquinho aqui para vocês!

A obra




Título: Bom dia, Verônica
Editora:  DarkSide® Books
Edição:  
Idioma:  Português
Especificações:  256 páginas, Limited Edition (capa dura)
Dimensões:23 x 16 cm
Adicione: Skoob - Goodreads
Onde encontrar:


Sobre
Em "Bom dia, Verônica", acompanhamos a secretária da polícia Verônica Torres, que, na mesma semana, presencia de forma chocante o suicídio de uma jovem e recebe uma ligação anônima de uma mulher desesperada clamando por sua vida. Com sua habilidade e sua determinação, ela vê a oportunidade que sempre quis para mostrar sua competência investigativa e decide mergulhar sozinha nos dois casos. No entanto, essas investigações teoricamente simples se tornam verdadeiros redemoinhos e colocam Verônica diante do lado mais sombrio do homem, em que um mundo perverso e irreal precisa ser confrontado.

Andrea Killmore compõe thrillers como os grandes mestres, e sua experiência de vida confere uma autenticidade que poucas vezes encontramos em suspenses policiais, vibrante e cruel — como a realidade.

Entrevista


Andrea Killmore é claramente um pseudônimo. Por que você se esconde atrás de um personagem fictício?
R. Eu não me escondo; me protejo.

O que aconteceu com você para que hoje precise viver no anonimato?
R. Se eu contar, o anonimato acaba. Na época, foi público e notório. E foi suficiente para que essa decisão fosse tomada. Esta é a minha chance de começar de novo, do zero, como uma página em branco. E eu a agarrei com todas as forças.

Por que você decidiu escrever essa história? Qual a função da literatura na sua vida hoje?
R. Sou uma pessoa muito fechada e vivo sozinha. Minhas companhias são as leituras, os filmes e as séries. Evito ficar na internet. Escrever veio de forma natural, começou como passatempo. Hoje em dia, é libertador. A literatura permite que eu decida o final da história, o que já faz toda a diferença. Além disso, me ajuda a refletir sobre as escolhas que fiz na vida. Só quem não viveu o pior julga rápido demais.

A protagonista Verônica é uma mulher. O que vocês têm em comum? Ela seria seu alter ego?
R. Temos muito em comum, mas somos muitas mulheres representadas em Verônica. Mulheres batalhadoras, de carne e osso, precisando se equilibrar entre a luta diária para vencer na vida e os quilinhos a mais na balança. Verônica sou eu, mas também é uma parte de todas as mulheres que conheço. Cada uma que se encontre ali, no melhor e no pior.

Você pode nos contar o que tem de verdadeiro na história?
R. Tudo é verdadeiro dentro de mim. Tudo é ficção fora de mim. Por enquanto, essa resposta deve bastar.

O que você pretende transformando em livro uma história que pode colocar sua vida em risco?
R. Aprendi a viver com o risco, escrevendo ou não. O risco nunca vai passar, ele existe de qualquer maneira. Escrever me resgata do sofrimento; enfrentar o medo me fortalece. A ideia de Bom Dia, Verônica sempre esteve comigo. A claustrofobia da Caixa, o modus operandi do serial killer, os dramas de mulheres como Marta e Janete... Eu as invento, e assim me reinvento a cada passo delas.

Como você chegou até a editora DarkSide Books e como os convenceu a editar seu livro?
R. Ganhei um livro da DarkSide de um dos raros amigos com quem mantenho contato e me apaixonei pela editora. Escrevi Bom dia, Verônica em dez meses e precisei de mais um tempo para ter certeza de que queria mesmo que o livro chegasse ao mundo. Eu precisava me manter em segredo e sabia que muitas casas editoriais não poderiam me oferecer o anonimato. A maioria das editoras trabalha com o marketing ostensivo da imagem do autor, essa é a verdade.
Decidi arriscar. Pedi que meu advogado enviasse um e-mail a DarkSide com o arquivo de Word em anexo e explicasse minha situação. Meses depois, eles retornaram com um “sim”. Vieram com poucas perguntas e muitas respostas, o que é melhor do que o contrário, e aceitaram minhas limitações. Segundo meu advogado, o único que mantém contato direto com eles, meus editores são meninos discretos e eficientes, apaixonados pela história de Bom Dia, Verônica. Eles colocaram meu livro nas mãos de pessoas como Glória Perez, Ilana Casoy e Paulo Lins. Como vocês devem imaginar, estou bem feliz.


Quais são suas maiores influências?
R. Atualmente, passo boa parte do meu dia assistindo a seriados policiais. Adorei True Detective, The Fall, Hannibal e Breaking Bad. Já era fã de todos os Law and Order e dos antigos e famosos detetives da TV, como o Columbo e Kojak. Leio muitos autores de mistério também. Adoro Gillian Flynn, Agatha Christie, Allan Poe, os livros do Michael Connelly, do Jeffery Deaver, que escreveu O Colecionador de Ossos, e do Thomas Harris, criador do Hannibal Lecter... No Brasil, adoro o Rubem Fonseca. Bebo muito da ficção, mas minha maior influência é a vida real.
Quem você gostaria de ter prendido e não prendeu?
R. Eu adoraria ter trabalhado com as equipes policiais da Lava Jato. As primeiras, que descobriram o fio da meada.
Do que você se arrepende?
R. São tantas coisas que não caberiam em um só livro. Mas a mágoa é a marcha-ré da vida, então…
Por que você escolheu um pseudônimo americano?
R. Porque o pseudônimo já diz tudo. É um prenome masculino e feminino, mostrando os dois lados de todos nós, e um sobrenome que diz a que veio. Simples assim.
Bom Dia, Verônica acaba, mas não termina. E você, vai continuar?
R. Já tenho tudo na minha cabeça. É só a DarkSide me chamar!
Quando você escreve um capitulo cruel como tantos nesse livro, isso não te deprime?
R. Na ficção tudo é permitido e na literatura o mal e o bem não existem. Existem boas ou más histórias, só isso.
O que você responderia para quem te acusa de estar fazendo uma jogada de marketing se escondendo?
R. Eu ofereceria um passeio pelo meu passado, se isso fosse possível.

Mas quem é Andrea Killmore?
Andrea Killmore faz sua estreia com um livro que está destinado a se tornar uma referência na literatura policial brasileira. Amiga íntima do perigo, ela é uma revelação que não pode ser revelada, e seu verdadeiro nome continua um mistério. Em outra vida, ela foi alguém importante dentro da polícia. Após trabalhar infiltrada em um caso e sofrer uma grande perda pessoal, viu-se obrigada a assumir uma nova identidade. E com ela, uma nova vocação.

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